Pela Honra da Espada - Vol I

Capítulo 04

Orcs, parte 02

O dia amanhece ainda nublado, a grama ainda esta molhada, o ar está úmido, as folhas pingam ainda gotas da forte tempestade que caiu durante toda a noite. Em uma pequena casa nos arredores de Geffen, a gatuna desperta de seu sono pesado, sentindo seu corpo dolorido, por causa da dura cama feita de palha, ela procura pelo seu colega de missão, mas não o encontra dentro da casa. Num salto ela levanta da cama, pega o seu casaco, que estava sendo usado como travesseiro, e sai pela rústica porta de madeira que está caída. No lado de fora da pequena casa o gatuno está sentado em um toco de árvore, ele corta com sua adaga uma maçã e a comia lentamente. Ao ouvir a gatuna se aproximando ele olha pra trás.

- Até que enfim você acordou. Pensei que iria dormir o dia inteiro.
- Deixa de ser reclamão. – retruca à gatuna enquanto abre uma garrafa de leite e toma tudo praticamente em um único gole. – Vamos?
- Estava a sua espera! – diz o gatuno enquanto se levantava, e os dois começam a andar.
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O sol surge, fazendo com que pequenos feixes de luz abrissem caminhos nas nuvens escuras. Os pássaros começam a sair de seus ninhos, voando e cantando, em busca de alimentos, aproveitam as terras ainda úmidas. As flores desabrocham agradecendo a mãe natureza pela água da chuva e a luz do sol. Enquanto isso os gatunos estão caminhando...

ROOOOOOOOOOOOOOOOOOONCCCCCCCCCCCCC!

- Ei Mc! Não tem outra maçã ai? – diz a gatuna com as mãos na barriga, e fazendo uma cara estranha.
- Eu não mereço isso! – Resmunga o gatuno - Você não trouxe alimento?
- Na verdade não. Eu peguei umas poções laranja, algumas asas de mosca, a Stiletto, o meu adorado Gakkung e quatro Aljave de Flechas de Fogo.
- Você é sem noção mesmo? – a garota não entende o porquê desta pergunta. – Nós vamos passar no mínimo uns dez dias aqui e você só trouxe equipamentos e itens. – o gatuno conclui assim seu raciocínio.
- Ei Mc! Você é muito estressado. Poxa você não faz nada sem um planejamento prévio, nada seguido por um instinto ou um impulso?
- Não!
- Nossa que vida monótona e sem graça, você tem que relax...

O gatuno olha pra trás e vê a gatuna caída de cara no chão. Ele se aproxima lentamente e se abaixa.

- Viu? Por isso, eu planejo tudo. Inclusive caminhar, falar e olhar para o chão.

A gatuna levanta num salto.

- NÃO TENHO CULPA SE AS RAÍZES DAS ÁRVORES NESSE LUGAR NASCEM PRA FORA DA TERRA...

Ao olhar para o solo ela não vê uma raiz, mas sim uma bota, no meio dos arbustos. A gatuna afasta os arbustos e um espadachim está caído no chão. O gatuno o puxa pelos pés, e checa o pulso.

- Ei Mc! Ele ainda está vivo?
- Sim! Mas deve estar muito fraco. O pulso está lento.
- Como você é irritante! Não me deixa dormir. Só sabe me mandar para essas missões idiotas! – resmunga o espadachim, ao mesmo tempo em que ele vira para o lado.
- O QUÊ? ELE TÁ DORMINDO? – Grita à gatuna surpresa.
- Pelo o jeito sim! – retruca o gatuno.

A gatuna encara o gatuno. Segura lentamente o espadachim pelos ombros e o sacode de uma maneira desesperada.

- Ei! Oh! Acorde!
- Hã! Quem é você? - resmunga o espadachim.
- Oi! Meu nome é Copy Angel e o seu qual é?
- Drakun!
- Ei! Você é maluco ou idiota pra ficar dormindo no meio da Vila dos Orcs? – fala o gatuno.
- Bom dia, pra você também! – retruca o espadachim. – É que com toda aquela chuva de ontem eu me perdi legal, tava procurando por dois gat... Ei vocês são dois gatunos?
- Percebeu isso sozinho? – resmunga o gatuno colocando a mão na testa não acreditando.
- Calma Mc! Então você é o espadachim mandado pela Guilda, para nos auxiliar?
- Sim! Ei gatuno qual é o seu nome?
- McMillan Crow. – Já irritado o gatuno continua. - Agora chega de apresentações e enrolação e vamos para a nossa missão.
- Hã! O que vocês já sabem?
- Pelo o que eu vi. Esta informação confere a uns quilômetros a leste um forte exercito se movimenta com objetivo de defender a vila, são liderados por Grand Orc, e seguindo mais a leste um pouco mais próximo de Izlude, também há um exercito de mesma proporção, mas esses são liderados pelo Orc Herói, o mais poderoso Orc até onde eu saiba. E ele também chefia o exercito de Grands Orcs e Orcs Arqueiros a alguns quilômetros a oeste, mas todos que eu vi tinham a intenção de defender a vila não atacar as cidades. – responde McMilllan Crow.
- E você espadachim? – pergunta Copy Angel.
- Bem! Aqui é a vila, onde as famílias estão concentradas, vi até alguns filhotes, mas é só isso.

Logo que Drakun terminou de falar uma flecha de pedra cravou no chão, os três olham para a direção de onde venho à flecha e um pequeno grupo de orcs vem se aproximando em uma velocidade rápida, dentre eles um orc chama a atenção pela sua proporção ele é mais alto e mais forte que os outros. Carregando um enorme e pesado machado. O grande orc aponta para o grupo de aventureiros e rosna logo após o comando os orcs arqueiros começam a avançar.

Os três se entreolham.