Pela Honra da Espada - Vol I

Capítulo 03

Orcs, parte 01.

No céu da Vila dos Orcs começa a se formar densas e escuras nuvens. Enquanto um casal de gatunos está cercado por um grupo de orcs, a gatuna tinha um longo cabelo ruivo preso na ponta, e usava um Chapéu Chinês, mesclava seus ataques entre sua Stiletto e seu Gakkung e suas rápidas e certeiras Flechas de Fogo. O gatuno tinha um cabelo escuro trançado, e usava uma Máscara Kitsune. Ele atacava com sua Damascus em uma velocidade impressionante, de maneira em que os orcs não conseguiam nem esquivar, nem atacá-lo.

Mesmo estando em desvantagem numérica à batalha entre gatunos e orcs era no mesmo nível. Com suas pericias de esquiva e seus ataques duplos, os gatunos derrubavam os orcs de maneira rápida. Porém os poucos ataques dos machados rústicos dos monstros verdes eram fortes e causava sérios ferimentos à dupla.

Como previsto começa a chover, as ligeiras adagas dos gatunos e os pesados machados dos orcs rasgavam os grossos pingos da chuva, ao mesmo tempo em que ela molhava as roupas fazendo-as começarem a pesar sobre seus corpos. Os gatunos se aproximam um de costas para o outro. A gatuna olha para o gatuno.

- Que droga de chuva! Arrumei o cabelo ontem de noite.
- Não acredito estamos no meio de uma briga e você só pensa no seu cabelo.
- Fazer o quê? Tenho que estar sempre linda.
- Você é doida!
- Hahahahah!!! Eu sei!

A chuva aumentava a cada segundo que se passava.

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Os pescadores retornam à cidade de Izlude, pois nuvens escuras avisam que uma tempestade se aproxima. Os feirantes reforçavam suas barracas, porque o vento estava muito forte. Aventureiros vindos de Prontera e Alberta, causavam um burburinho em torno do Aeroplano, pois os vôos estão paralisados devido ao temporal que estava por vir. Espadachins retornavam e saiam da Guilda dos Espadachins.

Em um quarto dentro da Guilda Drakun dorme um sono profundo. Tão profundo que não percebeu que tinha caído da cama e estava com a parte superior estava completamente no chão, enquanto as pernas estavam ainda sobre a cama. Lentamente a porta do quarto se abre, a sombra de uma pessoa de grande porte se aproxima e caminha para do outro lado da cama, segura firme o colchão com as duas mãos.

- ISSO É HORA DE ESTAR DORMINDO ESPADACHIM! – a pessoa grita enquanto puxa o colchão para cima.

Drakun da uma cambalhota no ar, caindo de queixo no chão. Fazendo um barulho abafado.

- VOCÊ É MALUCO? COMO VOCÊ ACORDA UMA PESSOA DESSA MANEIRA?
- NÃO GRITE COM O SEU SUPERIOR IMEDIATO.
- Ah, é você!
- COMO ASSIM “Ah é você!”. VOCÊ SABE QUE HORAS SÃO?
- Hora de continuar dormindo?
- NÃO! HORA DE VESTIR SEU UNIFORME E PARTIR EM UMA MISSÃO!
- Aff!
- PASSE NA MINHA SALA EM CINCO MINUTOS, JÁ COM SEUS EQUIPAMENTOS EM MÃOS. – diz o espadachim superior saindo do quarto. – E ARRUME ESSA BAGUNÇA.

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Faltavam ainda três orcs, a gatuna esquiva do ataque de um deles e contra ataca cortando sua perna, fazendo-o cair, ao erguer a cabeça o orc vê a gatuna com uma flecha de pedra pronta para atacá-lo, ela o acerta no meio da testa fazendo que ele caísse. O gatuno ataca outro que não consegue se defender dos inúmeros golpes, até desabar morto. Logo depois ele arranca para atacar o último que ao perceber que está sozinho foge, mas a gatuna é mais rápida e o acerta várias flechas em suas costas e o gatuno finaliza cortando o pescoço do adversário.

A tempestade aumenta, os dois gatunos correm a procura por abrigo, por causa da forte chuva os orcs sumiram. Depois de algum tempo eles encontram uma casa que a porta está caída, a gatuna vasculha a casa pelo lado de fora, olhando para dentro pelas janelas quebradas e sujas.

- Vamos entrar, não tem ninguém aqui dentro.
- Vamos!
- Sim! Já aproveitamos para cuidar dos nossos ferimentos.

O gatuno confirma com a cabeça, eles entraram na casa abandonada. Ao tranca a porta a gatuna senta no chão, ambos estão cansados e ofegantes. Ela tira seu pequeno casaco e começa os primeiros socorros nos seus ferimentos mais graves, enquanto o gatuno começa a procurar por algum alimento dentro da pequena casa, abrindo armários e derrubando vasilhas no chão.

- Que droga esses orcs não comem?
- Calma! Por que não senta e cuida de seus ferimentos?
- Porque mal consigo pensar de tanta fome. A Guilda dos espadachins não ia enviar um espadachim, que iria nos auxiliar nessa missão?
- Pois é! Acho que o cara era fraquinho e acabo morrendo.
- Hahahhahahahha!
- Qual a graça?
- Você se enrolou toda parece uma múmia.
- Cala essa boca!

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Já na sala do espadachim superior Drakun está de pé com a cara amassada, cabelo desarrumado e ainda bocejando, enquanto aguarda pelo seu superior. Olhava pela janela as crianças brincando na chuva. O espadachim chega e fecha as cortinas.

- SABEMOS QUE OS ORCS ERGUERAM UMA VILA NOS ARREDORES DE GEFFEN, E RECEAMOS QUE ELES TIVESSEM A PRETENSÃO DE INVADIR NOSSAS CIDADES.
- Orcs?
- SUA MISSÃO CONSISTE EM ENCONTRAR COM OS DOIS GATUNOS, QUE A ESSA HORA JÁ DEVEM ESTAR LÁ, E FAZER UM RELÁTORIO SOBRE O MOVIMENTO DO EXERCITO ORC. É UMA MISSÃO EM CONJUNTO COM A GUILDA DOS GATUNOS. SEU PAPEL É AUXILIAR EM EVENTUAIS CONFRONTOS COM OS ORCS. MAS EVITE-OS O MÁXIMO POSSÍVEL.
- O QUÊ? FAZER RELATÓRIO? EVITAR CONFRONTO? ISSO É MISSÃO PARA ESSES GATUNOS. ELES NÃO SE GABAM QUE SÃO OS "REIS DA FURTIVIDADE"? ENTÃO POR QUE NÃO MANDÃO APENAS ELES PRA LÁ?
- JÁ FALEI QUE SÓ QUEM PODE GRITAR AQUI SOU EU, OU VOCÊ SE ESQUECEU DISSO SEU MOLEQUE? NÃO SABE RECONHECER UMA ORDEM? SÓ SABE RECLAMAR, DORMIR E COMER? SUMA DA MINHA FRENTE AGORA.
Drakun aperta forte a bainha de sua espada, na verdade estava se segurando para não cometer nenhum ato equivocado, então decide baixar a cabeça, para que o superior não veja a ira no seu olhar, pois já estava de saco-cheio daquele cara gritando com ele o tempo todo. O espadachim superior levanta da cadeira, caminha até a porta e a abre. Drakun fica imóvel apenas cuidando os movimentos do seu superior com os ouvidos.

- O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO SEU MOLÓIDE? TIRE ESSA BUNDA MAGRELA DA MINHA SALA E VÁ EXECUTAR SUA MISSÃO.

Drakun se vira e sai pela porta, sem erguer a cabeça. O espadachim superior fica acompanhando com os olhos o jovem espadachim, até ele sair da Guilda.

“Ele me lembra eu mesmo quando tinha essa idade. Teimoso, cabeça-oca e incosequente, mas esse garoto tem potencial. Tomara que não desperdice com bobagens.”