Capitulo 2.
Amizades.
Os primeiros raios do sol surgem no horizonte, atravessando por entre os galhos das altas árvores, uma neblina leve e úmida paira no ar, a funcionária Kafra está nervosa caminhando de um lado para o outro.
De repente uma mão branca toca o seu ombro, ela solta um grito de terror e se joga no chão.
- Hahahahahah!
Ainda tremendo se vira para olhar o que a assustou, era outra funcionária Kafra esta com lágrimas nos olhos de tanto rir.
- Tinha que ver a tua cara! Foi muito engraçado!
- Você esta atrasada! – retruca a outra funcionária Kafra, enquanto tira a poeira de seu uniforme, batendo com as duas mãos – Não vai me ajudar a levantar?
A funcionária Kafra que chegou depois, oferece a mão para ajudar a outra a ficar de pé.
- Brincadeira sem graça esta sua, aqui esta maior tensão e você me assus...
Um barulho de passos vem se aproximando delas, as Kafras se abraçam com medo, procurando uma na outra, proteção. Alguns segundos de agonia, até que um espadachim aparece do meio da neblina.
- Bom dia senhoritas! – diz Drakun com um sorriso no rosto.
- Ufa! Bom dia espadachim. – diz uma das Kafras.
- Não é meio cedo, para você estar andando sozinho por ai, esta acontecendo ataques de monstros, sabia? – fala a outra Kafra.
- Sabia sim, por isso que eu vim.
As duas se olham.
- Bem! Vou indo! Bom trabalho e boa sorte pra você espadachim! – diz a Kafra do turno da noite.
- Bye bye! – responde a outra Kafra.
- Muito obrigado! – responde Drakun.
- Então meu jovem, em que posso ser útil?
- Preciso de seus serviços de armazém.
- Pode falar!
- Vou precisar de umas cinquenta poções laranjas, vinte asas de mosca e cinco asas de borboleta.
- Estão aqui! Tenha uma boa sorte na sua jornada!
- Muito Obrigado! – fala Drakun indo em direção a caverna.
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O interior da caverna era de rocha pura, muito úmida e escorregadia, o ar era pesado e frio, o único som que se podia ouvir era das gotas de água, que vertiam das rochas do teto e se chocavam no solo. Drakun começa a entrar cada vez mais na caverna, e sempre enfrentando esqueletos, zumbis e familiares, nada difíceis para ele. E na medida em que o espadachim adentrava na caverna o ar ia ficando mais frio e pesado. Ossos e armas enferrujadas estavam no chão representando que uma batalha ocorreu ali, e pelos trajes demonstravam que um povo foi massacrado.
De repente um grito de socorro ecoa dentro da caverna, Drakun corre em direção ao grito. Ao chegar à clareira ele vê uma noviça protegida pelo seu Escudo Sagrado cercada por três Esqueletos Arqueiros. Como que por impulso Drakun corre e ataca um dos esqueletos.
- Golpe Fulminante.
O ataque faz com que o esqueleto se desmanchasse, Drakun sente seu corpo mais leve, quase como se estivesse voando, e também se sente mais forte. Ele olha para a noviça que esta rezando.
- Aumento de Agilidade.
- Benção.
- Obrigado! – diz o espadachim praticamente sumindo no ar.
Drakun surge nas costas de um dos Esqueletos Arqueiros, e o ataca com uma sequência de ataques em uma velocidade, que nem ele mesmo acreditou. Depois de o esqueleto cair, ele da um salto e ataca o outro amputando uma das mãos, em seguida arranca a cabeça do monstro.
- Prazer, me chamo Drakun! – diz o espadachim estendendo a mão para cumprimentar a noviça.
- Prazer! Meu nome é Chris. – aperta a mão oferecida.
- Vamos andar juntos, aqui está muito perigoso.
- Concordo! Vim pra cá porque ouvi dizer que as almas dos mortos desta caverna estão perturbadas, e quero trazer conforto Divino a elas.
Drakun sorri, concordando com a cabeça.
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Depois de enfrentar alguns monstros como Bonguns, Munaks, Esqueletos Soldados e Arqueiros, Drakun e Chris chegam a um vilarejo em ruínas, casas abandonadas e completamente destruídas, em muitas partes esqueletos humanos estão no chão. Chris se aproxima de Drakun e assustada segura em seu braço, como se pedisse ao espadachim “Me proteja”. Ele hesita, mas ao perceber que sua nova amiga esta com medo, ele coloca sua mão sobre a dela.
- Não se preocupe estamos juntos nessa.
A noviça fica corada, com um pouco de vergonha, mas faz um sinal de positivo com a cabeça, solta o braço do espadachim, segurando forte seu cajado, para demonstrar para Drakun que ele pode confiar nela.
- Você está certo Drakun!
- Benção. Aumento de Agilidade. – diz a noviça abençoando o espadachim.
- Benção. Aumento de Agilidade. – ela abençoa a si mesma.
Os dois continuam a se aprofundar na caverna, Sohees passavam flutuando por eles, mas elas não os atacam, apenas emitiam um som que mais parecia um canto de agonia e dor. Chris e Drakun seguiram sem atacar as Sohees, e de repente entraram em um beco sem saída, lá havia um uma garota com roupas azuis que lembravam um gato, ela balançava um pequeno cajado enquanto sorria encarando a dupla, Drakun passa a frente com a espada em punho. Chris o segura pela roupa.
- Drakun! Isso é um Gato de Nove Caudas, vamos correr.
- Mas...
- Vamos correr, ela é forte.
Drakun percebe que ela já tinha algum conhecimento sobre o monstro, se virou e saiu correndo, praticamente arrastando a noviça pela mão. Mesmo com as magias da noviça a distancia do monstro não diminuía. Chris acaba tropeçando e cai, soltando a mão de Drakun, que volta para ajudá-la, o Gato de Nove Caudas salta segurando seu bastão sobre a cabeça, pronta para atacá-los.
- Redenção.
Uma aura cerca os dois e os ataques do mostro não causam nenhum arranhão.
- Escudo Bumerangue.
Um escudo corta o ar e atinge o Gato de Nove Causas, a aura que protegia Drakun e Chris some, e um paladino passa por eles, uma bela aura cerca o paladino, um brilho aconchegante e transmitia conforto e uma sensação de estar protegido. O monstro corre para atacar o paladino, que pega sua espada.
- Sacrifício do Mártir.
Com uma sequência rápida de cinco ataques ele atinge o monstro, que foge desaparecendo no ar. O paladino se aproxima da dupla. Drakun está impressionado com o poder do guerreiro sagrado.
- O... O que aconteceu com o monstro? - pergunta Drakun desconhecendo o adversário.
- Ela se teleportou. E vocês dois estão bem?
- Si... Sim. – responde Drakun.
- Estou. – responde Chris ao mesmo tempo em que limpa suas roupas.
- Vocês não deveriam estar aqui, aqui está muito perigoso para aventureiros iniciantes. Voltem para a Vila dos Arqueiros, lá sim é um local seguro.
O paladino começa a caminhar em direção as profundezas da caverna. Drakun corre e para na frente dele. E fixa seus olhos nos olhos do Paladino.
- Me deixe ir com você. Quero ser seu pupilo.
- Garoto você esta em missão da Guilda?
- Eu não! Eles querem me controlar, mas nunca vão conseguir.
O paladino fica encarando o jovem espadachim por alguns segundos, que para Drakun parecia uma eternidade.
- Não! Você não irá comigo, como disse este lugar é perigoso e você vai acabar se tornando uma distração pra mim. Mas... Quando eu terminar está missão e entregar meu relatório, vou te procurar na Guilda dos espadachins. Quero ver se você é digno de ser um Guerreiro Sagrado. Qual seu nome?
- Drakun, senhor... E o seu?
- Lasste. – responde o paladino com um sorriso no rosto.
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