A História dentro da História
O vento frio da noite do deserto de Morroc sopra com força levantando do solo a leve areia, no céu não há lua, nem estrelas o que faz a noite ficar muito escura. Atravessando com certa dificuldade um monge com um longo cabelo castanho escuro trançado até a ponta, caminha sem o seu casaco revelando assim seus treinados músculos cobertos por cicatrizes, demonstrando que ele é um guerreiro muito experiente. Junto com ele uma bela sacerdotisa segurava seu longo cabelo loiro que tapava seus olhos, ela estava usando o casaco do monge, que ele lhe ofereceu para protegê-la do forte vento. O monge esta segurando forte a mão da sacerdotisa a ponto de machucá-la, mas ela não reclama porque sabe, a intenção dele é mantê-la segura.
Depois de algum tempo de caminhada eles chegaram a um local onde nos anos de guerra fora uma poderosa fortaleza onde batalhas foram travadas, mas nos dias de hoje nada havia restado, estava completamente destruída, nenhuma parede ficara de pé, varias pedras estão espalhadas pelo chão. O silencio das ruínas da fortaleza de Saint Darmain é quebrado por um bater de asas. Sem nem pensar duas vezes o monge invoca suas esferas, com um soco no chão ele entra em estado de fúria e novamente invoca suas cinco esferas espirituais.
- Um Grifo! – diz ele com um sorriso irônico na face – Vai ser moleza!
A sacerdotisa tira o cabelo do rosto e começa a distribuir suas benções divinas, “Benção, Aumentar Agilidade, Suffragium, Impositio Manu...”, mas antes mesmo que ela termine o monge concentra suas esferas no punho direito, que por um instante fica iluminado. Ele avança em direção ao monstro que também voa em sua direção.
- Aff! – diz ela – Lex Aeterna!
Espadas mágicas surgem acima o Grifo.
- PUNHO SUPREMO DE ASURA!!!
O impacto entre o monge e o monstro é tão forte que levanta a leve e quente areia do deserto, as pedras que estão ao redor se desmancham e os monstros que estavam próximos são arremessados para longe, apenas o monge fica de pé no meio da poeira, ele se aproxima do corpo do monstro e encontra uma grande lança de uma mão com à lamina em forma de machado. A sacerdotisa se aproxima do monge.
- Poxa! – diz ela – Podia ao menos ter esperado eu terminar de dar os buffs.
- Pra quê? – o retruca num tom de ironia – Eu disse que era moleza.
- Você nunca muda mesmo.
- O que foi agora?
- Depois nós conversamos melhor.
- Não entendi o que fiz de errado dessa vez.
Em um amplo salão com paredes feitas de rochas empoeiradas de areia e seu piso de mármore enegrecido com o tempo. No centro há um altar sobre um pedestal, um altar ricamente decorado com ouro, prata e muitas pedras preciosas. Atrás do altar uma enorme pintura, que ocupava toda a parede, mostrava um guerreiro vestindo uma armadura totalmente negra, e seu rosto era escondido pelo seu elmo ornamentado com longos chifres negros como a armadura, aos seus pés centenas de pessoas, umas putreficadas, outras faltando alguma parte do corpo, se arrastam em sua direção tentando tocá-lo.
Ao redor do altar uma sábia com um curto cabelo verde, um mercenário com um curto cabelo escuro está encostado em um pilar e um bruxo alto e magro, usando um capuz de coloração escura e opaca, que cobria sua face. Escondidos atrás de alguns destroços a sacerdotisa e o monge observam tudo de longe, o monge está inquieto, querendo ir até lá e enfrentar os três, mas ela o convence a ficar escondido. O bruxo se aproxima do altar e se apóia.
- Então você permitiu que ela escapasse? – fala o bruxo com uma voz rouca, forçando para a voz sair – E ainda por cima a perdeu?
- Sim meu Senhor, mas... – a sábia é interrompida por ele.
- Não há maiores problemas, o ritual foi concluído - diz ele – Deixe que o destino se encarregue de trazer esta criança para mim, e assim Saga retornará a Rune Midgard e recup...
- NÃO PODE SER! – diz o monge em voz alta – QUEM EM SUA SÃ CONSCIÊNCIA FARIA SAGA RETORNAR A RUNE MIDGARD?
No mesmo instante tanto o mercenário, como a sábia e o bruxo olham para eles, que correm para fugir do local.
- Soujirou. – diz o bruxo para o mercenário – Mostre o porquê você cobra tão caro pelos seus serviços e mate estes intrusos.
- Está feito Senhor.
Capitulo 5
Ataque a Lighthazen
- Atenção cidadãos! –avisa um oficial da polícia local – Nossa segurança foi comprometida e a cidade está em alerta de gangters. Procurem abrigo imediatamente!
No portão norte da cidade surge um grande grupo de Yakuzas, McMillan Crow e Drakun trocam olhares, o templário sorri e o arruaceiro faz um sinal de confirmação com a cabeça, ele se vira para Copy Angel e aponta com os olhos para o hotel, ela responde com um baixo “entendi”, então agarra o noviço pelo braço esquerdo e praticamente o leva arrastado para o hotel da cidade. Dentro do estabelecimento Raphus começa a falar que quer sair e ajudar aos outros, mas ela não permite iniciando assim uma nova discução entre eles, o noviço não entendendo o porquê não pode ajudar aos outros e a arruaceira não vê como o noviço não percebe que ela apenas o esta protegendo.
Enquanto isso, Drakun e McMillan Crow formam grupos com outros aventureiros que ali estavam com a intenção de deter a invasão dos gângters. Junto com o arruaceiro, estava um ferreiro de longos cabelos vermelhos presos na ponta e uma bela Odalisca com um curto cabelo lilás cacheado nas pontas, eles avançam contra um grupo de Yakuzas. A odalisca toma à frente e começa uma dança, quando os invasores se aproximam dela começam a andar lentamente, com rápidos movimentos ela para de dançar manda um beijo e uma piscadela para alguns dos gangters e retorna a sua dança. O ferreiro está cercado por quatro deles, não conseguindo conter a excitação e o animo por estar em uma batalha ele gira seu imenso machado de lâminas escuras e lascadas na sua calejada mão direita, então ele segura a arma sobre a cabeça com ambas as mãos e a desce rapidamente a fazendo colidir com o chão, tremendo o solo e deixando os quatro adversários tontos, a maneira em que o ferreiro desfere seu ataques é de demasiada força e violência ao ponto que quebrou as armas dos invasores, dois ficaram tontos novamente antes de morrerem. O arruaceiro utiliza suas habilidades furtivas, se escondendo e ora apunhalava os adversários pelas costas, ora com rápidos ataques surpresas.
Drakun, um casal de bruxos e uma sacerdotisa se juntam. O templário faz três rápidas preces e usa seus poderes divinos para receber os ataques no lugar da bruxa e da sacerdotisa, o bruxo faz um sinal de positivo com a mão esquerda e diz que é um ato da nobreza de Prontera proteger uma dama, o templário finge que não escuta isso e vira na direção de um grupo de Yakuzas que se aproxima, o bruxo eleva o braço a frente e cria uma espécie de pântano, no momento em que os invasores atravessam esta magia eles sentem seus corpos pesados como se estivessem sendo segurados por alguém. Esperta a bruxa começa a citar palavras mágicas e uma densa nuvem se forma entre os aventureiros e os invasores, que seguem tentando atravessar o pântano criado pelo bruxo, o qual já esta conjurando outra magia, surge entre a nuvem da bruxa raios que se chocam no solo causando altíssimos trovões.
- NEVASCA!!!
- IRA DE THOR!!!
Um vento congelante sopra e uma tempestade de neve cai nos invasores, acompanhada de uma frenética descarga elétrica causando um clarão tão intenso, impedindo a visualização do que estava acontecendo com os invasores dentro das magias, apenas ouviam-se os gemidos de dor dos mesmos. Quando as duas habilidades cessaram não havia nenhum resquício de vida, unicamente blocos de gelo e manchas de queimaduras no piso da cidade, por causa dos inúmeros relâmpagos que o atingiu.
- Rá! Muito fácil! – diz o bruxo – Agora terminei meu aquecimento.
- É bom ter aquecido mesmo. –fala a sacerdotisa apontando para outro grupo de Yakuzas duas vezes maior que o anterior – Olhe o que vem por aí.
Ela renova as bênçãos divinas sobre o grupo incluindo a si mesma, eles correm na direção do grupo que esta destruindo a cidade, quebrando barraquinhas, assaltando pessoas. Um deles vê os quatro se aproximando e brande sua faca contra a bruxa, que fecha os olhos e se encolhe aponto de cair para trás tentando escapar do ataque, mas o templário recebe o ataque por ela, que olha para ele com preocupação, Drakun com um largo sorriso estende a mão para ajudá-la a se levantar, ação que faz a bruxa corar. O bruxo passa entre eles resmungando.
- Não é hora de “xaveco”.
Ele de imediato começa a concentrar uma nova magia, cria uma grande esfera e energia a sua frente e a lança no invasor que atacou a bruxa, o fazendo ser arremessado para trás, depois de rolar pro metros ele para sem vida. A bruxa começa a conjurar mais uma magia fazendo com que o céu se escureça com nuvens carregadas, a sacerdotisa que nunca havia visto tal habilidade fica impressionada e paralisada.
- Que lindo! – diz ela.
- “Lindo” vai ser a destruição que isso vai causar. – comenta a bruxa.
Das densas e pesadas nuvens negras começa a surgir gigantescos meteoros em chamas, que caem sobre os invasores, os esmagando e causando o maior estrago na cidade. Novamente o ferreiro está cercado, desta vez por 6, ele segura seu carrinho com as duas mãos e gira batendo nos gângters e os fazendo recuar. Ele aperta firme o carrinho, respira fundo.
- Eu odeio fazer isso, mas não vejo outra opção. – fala ele – Mammonita!!!
O ferreiro pega um saco de dinheiro roda no ar e bate com toda força na cabeça de um Yakuza, o fazendo cair desmaiado no chão e espalhando dinheiro para todo o lado. A odalisca arremessa diversas flechas com seu chicote em três adversários, um é atingido na cabeça por uma das flechas e fica por ali mesmo, outro é atingido por cinco flechas no tórax e começa a ficar fraco e morrer lentamente, e o último conseguiu evitar todos os ataques fatais e avança sobre ela, à frente da odalisca surge do nada McMillan Crow empunhando sua adaga.
- IMPACTO DE TYR!!!
Rapidamente o arruaceiro faz um movimento cortando o ar em forma de estrela, que instantaneamente derruba o invasor no chão, o deixando perecer. Os grupos de Drakun e McMillan Crow se aproximam.
- Tudo tranqüilo? – pergunta o templário.
- Tudo dominado. – responde ele.
Novamente o oficial de policia caminha até o centro da cidade e chama a atenção de todos.
- A invasão foi contida – diz ele – Agradecemos a todos aqueles que nos ajudaram a prender estes elementos. Obrigado!
O arruaceiro e o templário se despedem de seus novos amigos e andam na direção do hotel para encontrar com Copy Angel e Raphus. Na recepção McMillan Crow pergunta para a recepcionista sobre eles, ela responde que depois de um bom tempo de discução eles foram para o restaurante e explica a eles como fazer para chegarem lá. No caminho Drakun lembra uma coisa.
- Crow!
- Diga!
- Quero te perguntar duas coisas.
O arruaceiro faz um gesto para ele prosseguir.
- Err... – pensa ele – Por que você estava vindo para cá?
- É uma história longa e complicada. – o arruaceiro respira fundo e começa a contar – Quando eu era criança morava em Morroc com meus pais, e sempre que eles saiam em missões pela igreja eu ficava em Prontera com minha avó materna, todos os dias eu esperava pelo retorno deles no portão sul da cidade até o pôr do sol.
Eles chegam ao restaurante, Copy Angel faz um sinal com a mão para que eles os enxergassem, o templário e o arruaceiro se aproximam da mesa onde estão Raphus e Copy Angel.
- Esta tudo bem com você Crow? – pergunta Raphus, reparando que ele estava diferente – Aconteceu alguma coisa lá fora? Drakun? Viu Copy falei para você me deixar sair.
- Não aconteceu nada lá fora. – fala Drakun – Apenas ajudamos a conter a invasão.
- Então por qu..? – pergunta a arruaceira, querendo entender o que deixava o amigo de uma maneira que jamais havia visto – Por que o Mc esta assim?
- Estou contando o porque eu estava vindo para Lighthazen ao Drakun, e não vejo problema de vezes ficarem sabendo também.
- Crow – diz o templário - Continua “ae pow”!
- Claro! – diz ele – Em um dia desses que eu estava aguardando no portão meus pais voltarem de uma missão, vi eles de longe vindo em direção a cidade, eles corriam com muita pressa. Levantei-me e corri na direção deles, mas percebi que eles faziam movimentos me mandando voltar para Prontera, foi ai que entendi que eles não corriam para mim e sim estavam fugindo de um mercenário. Ele os alcançou e os matou a sangue frio bem na minha frente.
- Que triste Mc. – diz Copy Angel.
- Então você veio até aqui por que quer vingança? – pergunta o templário.
- Sim! – responde ele, baixando a cabeça – Eu estava seguindo o rastro dele, mas o perdi novamente
- Nos desculpe Crow! – fala Raphus – Se você não voltasse para nos ajudar teria encontrado o assassino dos seus pais.
- A culpa não foi de ninguém. Eu que ainda não estou pronto para isso. – ele faz um sinal para a garçonete pedindo uma bebida – Eu trenei minha vida inteira para pensar como um mercenário, entender suas virtudes e seus defeitos...
- “RÁ”! - Drakun levanta da cadeira - Eu sempre desconfiei que você seria um mercenário, e fiquei muito surpreso quando te vi como arruaceiro.
- Realmente planejei ser um deles, mas o acontecimento em Lutie me fez pensar que estaria me tornando igual ao que mais odeio, por isso fui com a Copy para Comodo.
- Uau Mc! – diz a arruaceira – Nunca imaginei que você passava por isso tudo.
- Então Drakun qual é a outra pergunta?
- Err... Já que você tocou no assunto de Lutie. – fala o templário – Você lembra alguma coisa que aconteceu quando fomos atacados pelo Hatii?
- E tinha como esquecer?
McMillan Crow começa a lembrar: que um dos filhotes do Hatii o ataca com uma magia deixando-o totalmente congelado, de dentro do cubo de gelo ele escuta o plano suicida de protegê-lo sendo arquitetado e executado por Drakun e Copy Angel, na época espadachim e gatuna, ele começa a ficar aflito e nervoso querendo sair daquela situação, mas não conseguia mover um músculo se quer, seu ar estava ficando cada vez mais escasso e sentia o peito frio, de repente uma enorme sombra atrai a atenção dele, dava para ouvir de dentro do gelo a pesada respiração do Hatii e também deu para ver o lento movimento de erguer uma das patas dianteiras pronto para executar o ataque final. Por um segundo McMillan Crow vê sua vida passar pelos olhos, sua infância em Morroc, a despedida de seus pais no portão sul de Prontera na companhia de sua avó materna, a última vez em que ele viria seus pais com vida, o olhar assassino daquele que friamente matou sua família, as aventuras ao lado de Copy Angel e Drakun, perigos, risadas, adversários. Então sente uma pancada nas costas, quebrando o gelo e arremessando o gatuno contra uma árvore.
- Acho que neste momento doo choque com a árvore, eu acabei desmaiando. – diz McMillan Crow – Pois não me recordo de nada.
- Errr... Não ajudou muito! – fala o templário.
- “Véio” se você está interessado em saber o que aconteceu em Lutie naquele dia. – fala o gatuno – Têm Halls Engels e Azalet, a sacerdotisa e a bruxa que nos encontraram, elas devem ter visto alguma coisa.
- Mas Mc – Copy se lembra de uma coisa – Azalet disse que elas apenas tinham nos encontrado, não havia monstros.
- Eu lembro Copy, mas será que ela não está escondendo nada?
- Boa idéia Crow! – diz Drakun – E como vamos encontá-las?
- Hum! Podemos falar com o Sumo Sacerdote Zhed, ele pode saber.
- GO GO RACHEL!!!– fala o templário - Mas desta vez pelo Aero plano. “Plz!!!”
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